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Altares, atabaques e xirês de rua, exposição da artista visual Kithi

Mestre Plínio, do Samba Chula Filhos de Oyò, tocando a sua obra o "Atabaque" , Mestra Joseane tocando caxixi, Mestra Zélia no prato,Pai Gilson cantando e Fredson respondendo, Só agradecimento ao samba e aos presentes.

A exposição “Altares, Atabaques e Xirês de Rua” da artista visual Kithi é um pequeno recorte da sua pesquisa e produção na área da cultura dos povos, desenvolvida desde o final da década de 90. A mostra que acolhe vários formatos de expressão: pintura, desenho, fotografia, vídeo arte e vídeo documentário, tem a intenção de “materializar” a conexão com o Divino.  Para a artista, “altar é onde miramos e alimentamos o espiritual no plano físico; atabaque é o instrumento condutor para a conexão com o coração; e o xirê de rua é a força do coletivo que imprime a afirmação da liberdade de ser e escolher o próprio caminho”. As obras de Kithi são uma forma de conectar o sagrado dentro e fora dela numa intensa busca de si que movimenta a criação. Nada é somente dela, mas o reflexo da sua existência em constante diálogo com as Divindades e a sabedoria ancestral do povo preto e indígena, que são para ela caminho de beleza e aprendizagem.

Artistas convidados para participar da mostra: Caetano Britto e Mestre Plínio 

Crítico: Euclides Santos

Local:     CEPAIA – UNEB.  Santo Antônio Além do Carmo

Abertura:  08/07 às 19h

Detalhe da Obra: Altar para Exu
Obra: Altar para Exu
vídeo mapping - conteúdo Kithi + Mapeamento e efeitos Caetano Travassos Brito
Olojá, o Senhor do Mercado - Vídeo documento apresentado durante a exposição 
Bembé do Mercado - Vídeo documento apresentado durante a exposição 

Exposição virtual - aguarde abrir, escolha a política de cookie e veja a exposição.

“ALTARES, ATABAQUES E XIRÊS DE RUA”, EXPOSIÇÃO DA ARTISTA VISUAL KITHI 

Euclides Santos

Ancestralidade, muitos de nós gostaríamos de revisitar aquilo que nos leva a nossa origem, do que fomos forjados. E arte é isso. É um meio de nos levar a um diálogo com algo para além do físico. A arte de Kithi é um convite para essa conexão nessa encruzilhada: lugar de tensão, mas de possibilidades, de transformação e de oferendas.

O meu primeiro encontro com a artista plástica visual kithi foi para tratar da construção de um projeto sobre o bicentenário da independência que ela iria fazer a produção visual, uma encruzilhada, depois de certo tempo fui apresentado as obras criadas pela artista. Seus trabalhos retratam as mais diversas representações das culturas negra e indígena. Esses “universos” fazem parte do seu cotidiano e a coloca na condição de procurar entender os processos existentes.  No seu trabalho ela busca expressar por meio de uma construção cuja compreensão dialoga com as tradições, ancorada na ancestralidade, e neste sentido o não palpável ganha lugar de conhecimento sem precisar das planilhas com seus dados, mas o samba de caboclo, samba de roda, capoeira e outras manifestações são referências que sustentam e legitimam suas obras.

Por meio de diferentes expressões artísticas, seja num traço único de um desenho, seja por seu olhar singular de uma fotografia, por traços de sua pintura ou por uma produção audiovisual. Meios por onde a artista revela sua intimidade com a cultura brasileira. Os trabalhos de Kithi demonstram muito bem os lugares e os processos e as inspirações que artista se propõe, a ginga que ela estabelece com os mais diversos altares, fazendo essa conversa com base no respeito ao sagrado, e no reconhecimento dessas manifestações culturais populares que estão impregnadas no fazer das suas construções para um mundo melhor.

A exposição "Altares, Atabaques e Xirês de Rua" vem nos brindar com uma produção que nos fará mergulhar na nossa cultura, intuição e espiritualidade.

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